Dia de chuva. Instituição com uma boa sala de jogos. Alunos sonolentos. É, são apenas 7:30 da manhã num dia de primavera que mais parece inverno. Encaminho os alunos para a chamada sala de cultura. Temos, sofás, som, televisão, tênis de mesa (é ping-pong, Professora), colchonetes, tatâmis, jogos de tabuleiros. Era nosso 3 encontro. Explico que a "aula livre" é um ótimo instrumento de avaliação. Ali consigo observar, sem muitas interferências: o entrosamento, a formação de grupos, a participação individual dos alunos, as preferências. Conclusão: Teve a galera do sofá. Do tênis de mesa que queria jogar ping-pong. Da luta. Dos que apenas olhavam e discordavam. Os que tentavam se integrar em todos os grupos. Os gritões do truco. Os do xadrez... Teve aqueles que queriam estudar para a prova de química...
Vinte minutos finais da segunda aula, fizemos um círculo. Admiro a disposição da turma. Pego uma massa rodo no meio da galerinha curiosa. A massa aponta para aquele que deve responder 2 coisas que o grupo não sabe dele. A maioria diz: "Eu não sei o que dizer, professora! " Saiu cada coisa.: "Tenho um amigo imaginário" "Não suporto que me toquem" "Chorei 3 dias quando perdi minha cachorrinha" "Tive uma doença grave na infância" " Sou antissocial" " Tenho medo do escuro" ... O mais interessante foi a vontade de saber o que o colega tinha prá dizer.
Ainda chove, 9:20. Intervalo e fim da aula. 9:40 mais uma turma na sala de cultura. Nessa o bicho pegou!